Quando deixou Buritirana, no Maranhão, dona Rosânia mal sabia que seria para sempre. Selou seu destino no Oiapoque, de onde nunca mais saiu. Lá, onde o Brasil começa, ela resolveu que iria recomeçar. Trabalhou como camareira muitos anos dos mais de 20 que já está no Amapá. Agora, aos 60, estava precisando mesmo era cuidar das vistas. Afinal, essa maranhense guerreira tem nada menos que 5,5 de presbiopia. Enxerga praticamente nada de perto.
No projeto desenvolvido pelos alunos da Universidade São Leopoldo Mandic, de Araras, @slmandicararas , com a parceria da Renovatio, dona Rosânia passou por exames e consulta com o médico oftalmologista. Ao final, recebeu de pronto um par de óculos Good Vision que ficou uma graça. “Quero enxergar melhor meus 6 netos e aquelas letras pequenas que há muitos anos não vejo de jeito nenhum”, comemorou. A ex-camareira, agora avó coruja, não quer fazer feio. Afinal, mora na divisa com um pedaço da França nas Américas, a Guiana Francesa.
A 1ª turma de medicina da São Leopoldo Mandic é a responsável pela organização da Expedição Alunos Sem Fronteiras @alunossemfronteiras , que realizou o projeto. São todos médicos formados. Foram mais de 1.000 atendimentos oftalmológicos gratuitos e cerca de 800 óculos doados nesse empreendimento social que já entrou para a história do Oiapoque.
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